Em um reconhecimento do zeitgeist atual, o termo “Vibe Coding” foi eleito a expressão do ano, e não é difícil entender o porquê. Ele encapsula uma abordagem à programação que prioriza a fluidez, a intuição e uma sintonia quase orgânica com o projeto e as ferramentas.
O Vibe Coding não é apenas uma palavra da moda, é sobre codificar, em uma forma na qual a experiência e o fluxo de trabalho são tão importantes quanto o resultado final. Não se trata de seguir metodologias rígidas ou rituais pré-definidos, mas sim de encontrar um ritmo, uma “vibe”. É sobre a dança entre o pensamento, a execução e a resposta instantânea que leva à solução. Isso é um sonho para quem viveu outras eras, onde tudo era mais dogmático e menos fluído.
Contrastes e Paradigmas do Futuro e Passado
Para muitos, essa abordagem é um contraste marcante com paradigmas anteriores. Lembro-me bem da minha primeira experiência em uma fábrica de software. O mantra era “XP Programming”, e a promessa era de uma colaboração intensa: “o gerente de projeto vai sentar do teu lado e vocês vão fazendo…”.
Naquele momento, era um novo território, e como tantos outros, me adaptei. Havia um “hype” na proximidade, na troca constante e na sensação de construir algo em tempo real. Gostei da experiência.
No entanto, com o passar do tempo e a evolução da própria indústria, a perspectiva mudou. Hoje, trabalhando como freelancer, criando páginas para a internet e desenvolvendo projetos mais simples, mas também testemunhando o avanço exponencial da Inteligência Artificial, como o Gemini, percebo que o Vibe Coding ressoa muito mais comigo.
A Escolha do Presente
Se eu tivesse que escolher entre os dois, embora eu curtisse o XP Programming, preferiria o Vibe Coding.
A interação é mais ágil, mais produtiva, mais fluida e o foco é muito mais controlável e dirigido.
Não é apenas sobre resolver um problema, mas sobre sentir o caminho para a solução, aproveitando as ferramentas e a própria intuição para chegar lá. É uma abordagem que se alinha perfeitamente com a era da colaboração inteligente, onde a IA atua como um copiloto, amplificando nossa capacidade de criar e inovar.
A IA nos permite focar na “vibe”, na essência do que queremos construir, delegando tarefas repetitivas e obtendo sugestões inteligentes. Isso libera tempo e energia mental para o design, a arquitetura e a experiência do usuário, elementos que se beneficiam enormemente de uma abordagem mais orgânica e menos engessada.
Concluir é Preciso
O Vibe Coding não é apenas uma palavra da moda; é um reflexo de uma mudança cultural na programação: é a celebração da autonomia, da fluidez e da busca por uma experiência de codificação que seja não apenas eficiente, mas também profundamente satisfatória.
É muito bom poder viver estes dois momentos, XP Programming e Vibe Coding e testemunhar os resultados advindos dos dois.