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A tendência de informar divertindo e entretendo nas redes sociais

As principais razões que motivam os internautas a compartilhar conteúdos nas redes sociais são:

  • Conexão com a marca ou pessoa que postou 33%
  • Despertar lembranças 39%
  • Perceber uma opinião ou ponto de vista como interessante 40%
  • Achar o conteúdo engraçado 57%

Logo, combinar informações sobre produtos e serviços com diversão, ou entretenimento, tende a fortalecer a conexão dos internautas com a marca, e impulsionar vendas.

Isso se chama “infotenimento”, um conceito utilizado desde os anos 1980 para classificar conteúdos que unem informações sobre serviços e produtos e entretenimento, para conectar emocionalmente o potencial cliente.

A diversão é poderosa nas redes sociais

Você já deve ter notado como muitas ações de divulgação deixaram a seriedade de lado, e adotaram um tom mais divertido.

É uma tentativa de acompanhar uma tendência das redes sociais.

Os internautas passaram a buscar nelas o entretenimento, que antes buscavam em meios como a TV.

O “infotenimento” atual é mais democrático.

Você encontra profissionais das mais variadas áreas fazendo mini quadros de humor ou dancinhas, algo que nunca poderia ser imaginado antes.

Os produtos e serviços continuam sendo “sérios”, mas está em curso uma “onda”, onde vários profissionais e empresas buscam aparecer de forma engraçada ou divertida, para captar a atenção de potenciais clientes.

Isso ocorre também porque as próprias redes sociais oferecem ferramentas, que ajudam na criação de estratégias de conteúdo de “infotenimento”, como trilhas sonoras, emojis, efeitos e outros recursos.

A eficácia do entretenimento com informação

A eficácia do “infotenimento” nas redes sociais está ligada à conexão e cumplicidade com o internauta.

Ao oferecer distração e diversão, assim, além de informar e atrair o cliente potencial, em tese as chances de vender aumentam, porque o cliente está emocionalmente envolvido de forma “positiva”.

Produzir conteúdo divertido pode ser uma boa opção para pessoas e empresas divulgarem produtos e serviços.

As contas de amigos e familiares geralmente compõem 50% das contas seguidas pelo internauta médio nas redes sociais, contas com conteúdos de humor, como memes e paródias ficam em segundo lugar na preferência, com 16%.

Se antes as pessoas esperavam passivamente por um programa de humor em determinado dia e horário na TV, hoje elas seguem canais “engraçados”.

Se no passado as pessoas esperavam pelo acaso de encontrar uma publicidade que achassem engraçada na TV, hoje elas varrem a timeline se engajando com posts que as divertem, ou as distraem da realidade.

O infotenimento pode perder a graça?

Muitas empresas estão cautelosas quanto a misturar conteúdos “engraçadinhos” com informações de produtos e serviços em redes sociais.

Se é verdade que a diversão funciona, sempre há o risco da piada “perder a graça”.

É preciso levar em conta a percepção de seu público em relação a este mix de informações e entretenimento.

Não é porque todo mundo está dançando no Tik Tok, ou dando uma de humorista no Instagram, que isso vá gerar mais resultados para todos os negócios e segmentos.

Determinados potenciais clientes podem entender mal a mistura.

Podem acabar descartando a marca ou profissional por uma impressão de falta de seriedade.

Outros, podem até gostar de uma primeira publicação engraçada, mas acabar enjoando do humor se ele vier em uma sequência de várias publicações.

Em geral, até 75% dos internautas se declaram neutros ou com visão positiva em relação à mistura de humor e informação.

Porém, é arriscado pular no planejamento a etapa de pesquisa, para verificar como clientes e potenciais clientes percebem a marca, e como reagem a determinados tipos de post.

Sem uma pesquisa de mercado, será sempre arriscado abrir mão de uma linha mais sóbria e consistente, em favor de outra mais “divertida”.

Veja também Use a pesquisa de mercado para se diferenciar dos concorrentes

O risco faz parte do processo, e isso não é engraçado

Cada marca, profissional, empresa, tem a sua história e sua “alma”.

Isso se impõe na realidade organicamente.

Durante sua operação e evolução, é que vai surgindo e se sedimentando a identidade de um profissional ou uma organização.

E neste mesmo processo, as pessoas em geral vão formando sua percepção do que a empresa representa.

Então todo este contexto envolve uma série de esforços e artefatos, que vão desde o logo da empresa, até seu site oficial, passando por suas redes sociais.

Se é verdade que 55% dos internautas entendem ser importante que se fale a língua da plataforma onde o conteúdo é compartilhado, é bom lembrar que nenhum elemento de publicidade, sério ou não, por melhor que seja, garante resultados práticos de vendas.

Ações artificiais que visam seguir cegamente uma tendência, podem prejudicar o que o negócio conquistou na mente dos clientes e potenciais clientes de modo orgânico.

Pode acontecer uma incompatibilidade e uma quebra em relação ao que a marca transmitia até ali, como ela era percebida, e isso pode acarretar em resultados negativos, ainda mais em um universo polarizado e polêmico como as redes sociais.

Concluindo

Utilizar o “infotenimento” como estratégia de marketing,  é uma hipótese que jamais deve ser ignorada.

No entanto, é preciso levar em conta que captar a atenção do cliente de forma divertida, pode não gerar resultados interessantes, e pelo contrário, gerar efeitos adversos.

Pesquisa e planejamento sempre serão alicerces fundamentais, e nada garante que algo que parece engraçado para quem criou, assim será percebido pelo público.

Como em qualquer “onda”, existem prós, contras, pessoas que entraram no início com sucesso, e pessoas que estão seguindo a tendência com a possibilidade real de também ter êxito, mas também de obter maus resultados.

Foram utilizados dados levantados pelo GWI Reports neste post.

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